domingo, 11 de fevereiro de 2007

Domingo

- Pausa, me deu sede. Abro a geladeira, surge a dúvida "tomo no gargalo ou no copo?" decido pela coletividade, apanho um copo do escorredor (minhas mãos ainda fediam detergente) e encho de água gelada. Ainda no terceiro gole, a frase do apresentador me chama a atenção "Agora, no Se vira nos 30, dança no (sic)ventre!" decidi que valia a pena uma pequena caminhada até a sala para contemplar na tela um talento de alguma bela odalisca que já imaginava em trajes verdes lantejoulados. Qual foi a minha surpresa quando ao focar os olhos (depois de admirar as dançarinas no palco) no centro do aparelho, a imagem pavorosa de um andrógino nascido homem pelo que pude perceber, travestido de véus e saias preparando-se para dançar! não podendo conter mais a indignação, pressionei o "power" com firmeza e saí resmungando obcenidades para a globo. Subi as escadas, em direção ao PC, me deparo com meu irmão no quarto que atenta ao televisor onde o mesmo obeso apresentador narra os últimos 5 segundos do absurdo. Quase desisti. mas não! imediatamente repreendi o parente próximo, argumentando que mudasse de canal, me dá o controle "-0, 04" ´pronto! o dissecamento da história do avô que salvou o neto do ataque de uma sucuri é muito mais interessante, e ainda mostra cenas de ataques reais, o sensacionalismo transborda. Fico incrédulo diante da falta de pudor do programa dominical vespertino do SBT, filmar o repórter apavorado sendo atacado por uma cobra durante reportagem na Amazõnia, vá lá. mas botar uma cobra no meio do palco no domingo seguinte e flertar com a hipótese do citado repóter entrar no cercadinho e ter uma revanche, é demais! O afeminado apresentador suplicava que não, mas a interpretação não convencia. Por fim, não sei se houve revanche ou não. Só sei que TV no domingo a tarde nunca mais!

PS: eu avisei meu irmão que ele seria citado.

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