domingo, 31 de janeiro de 2010

Para quê religião?



Wassily Kandinsky - Gravitation



Se cremos em um Deus amoroso, bondoso e generoso para com todos os seus filhos, por que fazer a servitude a Ele causa de conflito? Isso faz sentido?

A religião deve unir todos os corações e fazer desvanecerem-se da face da terra as guerras e disputas; deve dar origem à espiritualidade e trazer a cada coração vida e luz. Se a religião se tornasse causa de desgostos, ódio e divisão, seria melhor estarmos sem ela; retirarmo-nos de tal religião seria um ato realmente religioso. Pois é claro ser a cura o objetivo de um remédio, mas se este nada fizesse senão agravar o mal, melhor seria abandoná-lo. Qualquer religião que não seja causa de amor e união deixa de ser religião. Todos os santos Profetas eram como médicos para a alma; deram receitas para a cura da humanidade. Assim um remédio que causa doença não provém do Grande Médico, do Médico Supremo.


Não é de se surpreender que haja tantos ateístas atualmente. Muitos destes são verdadeiros religiosos! Não encontraram sinceridade nas religiões que conheceram, só viram hipocrisia e falsidade, e perpetraram aquilo que seus corações clamava: negaram toda a religiosidade.

O nascimento de uma religião sincera é de fato a única esperança.

* negrito é texto de 'Abdu'l-Bahá.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Escrever...


Claude Monet - The Brigde at Argenteuil

Quando se tem um blog e isso realmente significa algo, sente-se emergir uma pergunta inquietante sobre o que escrever. Nessa pergunta residem outras mais, cada qual renderia reflexões intermináveis e interessantíssimas. Para quem escrever? Com que objetivo? De que forma atingi-lo?

Creio que o exercício da escrita vale-se por si mesmo. Qualquer que seja o tema, escrever proporciona ao escritor uma rica experiência em que se desenvolve uma habilidade se não essencial, ao menos extremamente desejável.

Quanto a mim, escrevo para todos e para mim mesmo. Esse é o grande presente da internet, a doce incerteza de não saber se alguém vai ler aquilo que foi publicado, seja no presente ou no futuro.

Os assuntos vou buscar no meu espírito. Aquilo que mais me chama a atenção na nossa existência vale a pena ocupar este humilde espaço. Escrevo na esperança que aquilo que publico aqui chame a atenção de outros.