sexta-feira, 13 de abril de 2007

Parábola do Rio caudaloso

"Abençoados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus." Mateus 5:3

O conhecimento é como um Rio caudaloso, do qual nós homens permanecemos inicialmente a sua margem. Os que decidem por não sair do solo firme, ou ir somente até onde dá pé, estão a salvo pois são humildes de coração e reconhecem a existência do perigo do Rio, sentem-se agraciados pela presença concreta do rude chão sob seus pés. Muitos, porém, descontentes com a situação, atiram-se n'água dando início a uma grande aventura em busca da outra margem, que não sabem com certeza se será melhor que a que deixaram para trás, mas seu espírito os impele nessa Fé. Parar de nadar significa afogar-se na maior das ignorâncias, pensando ter encontrado terra firme quando abaixo de seus pés nada tem de sólido para seu sustento. A arrogância é como uma âncora te impedindo de continuar, puxando inconscientemente para baixo. O amor é uma bóia muito útil, porém poucos têm a paciência do manuseio, requer fortes pulmões para encher e tem uma forma esquisita, onde cabem dois, três ou até mais, mas para apenas um fica incômoda e acaba por atrapalhar. No meio do Rio, à vista de todos, figura um enorme Rochedo a que podemos nos agarrar com firmeza e trilhar um caminho mais seguro. Alguns dos aventureiros, porém, preferem nadar por si mesmos, confiantes do poder de seus próprios braços, alguns criticam os que utilizam o poder do Rochedo, chamando-os de fracos demais para aceitar o desafio sem ajuda. As críticas dos que nadam sozinhos também atinje os que permaneceram na margem cuja Fé é a de que um dia chegará um barco para carregá-los, alguns podem até ouvir o motor ao longe, mas os nadadores solitários corcordam entre si que esse barulho é sem sentido, e não virá barco algum. Assim, considerando todos os que procedem diferente deles como incapazes, continuam a tentar alcançar por mérito pessoal a margem oposta , uns agarrando-se nos outros, confiando na perícia dos que parecem ser melhores atletas que eles, no afã desvairado de encontrar apoio qualquer ajuda que seja. Não é fácil acompanhar as elaboradas braçadas de tais atletas, mas eles acreditam cegamente que assim chegarão mais depressa. Na outra margem alguns, mais avançados na travessia (em geral os que decidiram por agarrar-se ao Rochedo), já conseguem divisar Jesus Cristo entre os bem-sucedidos.

Se entendeste, ótimo. Se não, leia abaixo:

Metáforas
Pobres de espírito: satisfeitos com a ignorância;
Até onde dá pé: conhecimento racional básico, não filosófico, noção acerca fenômenos físicos;
Atirar-se n'água: Buscar respostas filosóficas de cunho metafísico;
Rochedo: Fé em Deus;
Atletas: Cientistas;
Barulho do motor: Presságios dos profetas;

A nascente do rio é Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário